Quem nasceu no Brasil em 2010 tinha
expectativa de vida de 73 anos, nove meses e três dias onze anos, dois
meses e 27 dias a mais do que os brasileiros nascidos em 1980, que
poderiam esperar viver 62 anos, seis meses e sete dias, segundo a edição
2013 da pesquisa “Tábuas abreviadas de mortalidade por sexo e idade”. O
trabalho, divulgado nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), aponta que ao longo do período 1980/2010
a esperança de vida do brasileiro recém-nascido cresceu, em média,
quatro meses e quinze dias por ano. Também mostra, ao lado de avanços
como o aumento do tempo de vida das mulheres e da expansão da sobrevida
dos idosos, os limites impostos a esse processo, sobretudo pela
violência urbana, causa da grande quantidade de mortos entre homens
jovens, com ênfase na faixa de 20 a 24 anos.
Uma mudança relevante ocorrida no
período foi a redução na desigualdade nas taxas de mortalidade entre as
cinco grandes regiões do País, com uma inversão de posições entre o
Norte e Nordeste. Em 1980, a expectativa de vida ao nascer do nortista
era 60 e nove meses, maior que a do nordestino, que estava em 58 anos e
três meses. Trinta anos depois, o indicador no Nordeste chegara a 71
anos, dois meses e 12 dias, contra 70 anos, nove meses e três dias do
Norte. De uma “vantagem” de dois anos e meio para os nortistas,
passou-se para uma dianteira de 0,44 ano (cinco meses e oito dias) para
os nordestinos.
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