Existe uma área em que o Brasil
conseguiu chegar ao desenvolvimento muito alto: a expectativa de vida. A
cada ano, os brasileiros vivem mais, em todo o País. Dos 5.565
municípios brasileiros, 3.176 têm o IDHM Longevidade muito alto. Nenhuma
cidade está na faixa “baixo” ou “muito baixo”.
A diminuição significativa da
mortalidade infantil e a queda na fecundidade são as causas do sucesso
no índice. O avanço só não é ainda maior por uma razão: a violência, que
se espalha das grandes metrópoles para as cidades pequenas e centra
fogo especialmente nos jovens.
Hoje, mais de 50% dos municípios
brasileiros têm taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição da
população. Somado a isso, quase 60% das cidades conseguiram baixar para
menos de 19 por mil nascidos vivos a mortalidade infantil, meta que
deveria ser atingida pelo País, de acordo com os Objetivos do Milênio,
em 2015.
A ameaça à expectativa de vida no Brasil
hoje é menos o que ataca as crianças, e mais o que atinge os jovens: a
violência. “Dificilmente vamos avançar tanto ainda na mortalidade
infantil. Agora temos de enfrentar a agenda dos jovens. A violência
ainda é uma fonte importante de mortes que pode gerar crescimento na
expectativa de vida”, afirmou o presidente do Ipea, Marcelo Nery.
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