terça-feira, fevereiro 26, 2013

Advogado de sócio da boate Kiss pede prorrogação da prisão do próprio cliente.

O advogado de Elissandro Spohr, Jader Marques, pediu nesta segunda-feira na Justiça a prorrogação da prisão provisória do empresário, um dos suspeitos de ter provocado o incêndio na boate Kiss, pelo prazo de 30 dias a contar do próximo domingo, 3 de março. O pedido, inusitado, surpreendeu a polícia e até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Segundo Marques, o pedido é para permitir que a polícia ganhe mais um mês para concluir as investigações sobre o incêndio, que matou 239 pessoas na madrugada de 27 de janeiro. O advogado criticou o trabalho policial, que classificou como “atentado contra o direito de defesa”.

- Ele oferece sua própria liberdade para que a autoridade policial tenha tempo de ouvi-lo, para deixá-lo exercer seu direito de defesa. Não há hipótese de prisão preventiva porque o réu não se opõe e nem dificulta o inquérito. Entregar ao Ministério Público uma peça incompleta é dizer que materialmente a investigação não está pronta –alegou Marques.

O advogado de Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, disse que o empresário aceitou ser transferido para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, depois de receber alta do hospital de Cruz Alta, para que fosse ouvido pela polícia. Marques informou que o empresário quer contrapor as informações dos bombeiros sobre a colocação da espuma tóxica no teto da Kiss e também as do engenheiro que recomendou o material, além de uma ex-funcionária da boate que acusa o empresário como responsável pelo incêndio.

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