segunda-feira, junho 24, 2024

Escassez de equipamentos no RN faz médicos improvisarem.

Recentemente, ganhou repercussão a imagem de um bebê de três meses usando uma embalagem plástica de bolo como respirador. Foi uma forma que a equipe médica encontrou para salvar a vida da criança por falta do aparelho necessário. E salvou. Nesse caso, o hospital Aluízio Bezerra, no município de Santa Cruz (RN), no Agreste potiguar, onde o bebê foi atendido, não é especializado nesse tipo de atendimento. Contudo, outras situações ocorrem nos hospitais públicos por falta da estrutura adequada, levando os profissionais da saúde a superarem as deficiências na tentativa de salvar vidas.

O presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed/RN), o médico Geraldo Ferreira, diz que alguns aspectos dessa dinâmica são crônicos, porque a rotatividade de materiais é alta nos hospitais. Em unidades maiores, por exemplo, são cerca de cinco mil itens, entre equipamentos, instrumentos e medicações.

“É muito difícil você ir a uma unidade que não esteja faltando alguma coisa. Às vezes não são casos extremos, mas são casos lesivos ao paciente”, aponta. Ele cita o exemplo dos fios de sutura no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, porque “muitas vezes estão faltando fios adequados”.

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