Com a redução dos casos de covid-19 no Rio de Janeiro,
11 instituições de ensino e pesquisa lançaram uma nota se manifestando a
favor do retorno imediato às atividades presenciais, por serem
“fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem de qualidade”. O
documento foi divulgado na noite de ontem (9).
Assinan a nota os reitores ou diretor-geral
de 11 instituições: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Centro
Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), Universidade Estadual do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), Instituto Federal Fluminense
(IFF), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de
Janeiro (IFRJ), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da
Fonseca (Cefet-RJ) e Colégio Pedro II (CPII).
A nota destaca que o ensino remoto foi
necessário para enfrentar a crise sanitária, e que a autonomia e
planejamento de cada instituição pública de ensino, pesquisa e extensão
do estado deve ser respeitada.
“A adoção do ensino remoto emergencial foi
necessária e preparada com todo o cuidado didático, jurídico e
institucional, com ampla discussão nos conselhos superiores, cuja
reversão está ocorrendo de forma gradativa e planejada. Nossas ações
nesses tempos de pandemia foram fundamentais para que vidas pudessem ser
preservadas. Neste momento, temos convicção de que o retorno completo
ao ensino presencial será fundamental para o processo de
ensino-aprendizagem de qualidade”, diz o documento.
Os reitores destacam que nesses dois anos de
emergência sanitária as instituições contribuíram com a sociedade,
desenvolvendo ações essenciais para minimizar os efeitos da pandemia e
proteger a saúde da população. A decisão de agora, segundo o documento,
se baseia na taxa de transmissão do vírus Sars-CoV-2, no grau de
letalidade da doença e na ocupação dos leitos nos hospitais. Eles
defendem a cobrança da vacinação, mas quem pertence aos grupos de risco
deve permanecer em trabalho ou ensino remoto.
“Não obstante, cientes e defensores da
ciência e das políticas públicas geradas a partir de estudos comprovados
cientificamente, nós defendemos e cobramos o esquema vacinal completo
para o retorno presencial de toda a comunidade acadêmica. Todavia,
vários membros das comunidades de nossas instituições fazem parte de
grupo de maior risco para desenvolvimento de doença grave, mesmo quando
vacinados, e precisam se manter afastados por determinação legal”.