No verão, uma das doenças que tem aumento no número de casos é a
conjuntivite, infecção que aparece na conjuntiva, a membrana que recobre
a parte branca do olho.
A mais comum é a causada por vírus, que é
mais resistente, circulando com mais facilidade no ar por causa das
altas temperaturas e umidade nesta época do ano e também em ambientes
fechados.
“A gente pega mais fácil por contato direto. Se a
pessoa coloca a mão no olho, dá a mão para outra pessoa, aí acaba
pegando a conjuntivite. Mas pode pegar até pelo ar”, disse a integrante
do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Cristina Dantas. Piscinas
são grandes focos de contaminação.
Saiba mais sobre a conjuntivite:
O que é a doença?
A
conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, uma membrana que reveste a
parte da frente do globo ocular e também o interior das pálpebras. Pode
ser alérgica, viral ou bacteriana. Nos dois últimos casos, é contagiosa.
Quais são os sintomas ?
Coceira,
olhos vermelhos e lacrimejantes, com sensação de areia ou ciscos,
secreção amarelada (quando causada por uma bactéria) ou esbranquiçada
(quando causada por vírus), pálpebras inchadas e grudadas ao acordar e
também visão borrada.
A doença pode acometer um ou ambos os olhos de uma semana a 15 dias.
Como é o contágio?
A conjuntivite alérgica acomete mais crianças, não é contagiosa e é provocada pelo ácaro.
A
viral e a bacteriana são transmitidas pelo contato com as mãos,
secreção ou objetos contaminados, como maçanetas, toalhas e água de
piscina, em especial morna e com pouco cloro. Em ambientes fechados e
com grande circulação, como escolas ou ônibus, o risco de contaminação
aumenta. As duas são diferenciadas somente por meio de exame
oftalmológico.
A viral, geralmente, ataca os dois olhos e a
secreção é esbranquiçada. A conjuntivite bacteriana dá em um olho só,
com secreção mais amarelada ou esverdeada.
Como evitar?
Evite
coçar os olhos em locais com grande aglomeração, como piscinas e
academias. As mãos e o rosto devem ser higienizados com frequência.
Quem
estiver doente deve lavar as mãos com frequência, trocar fronhas de
travesseiros e toalhas diariamente, preferir toalhas de papel na hora de
enxugar o rosto e evitar compartilhar produtos para os olhos, como
delineador e rímel.
Como é o tratamento?
No
caso da conjuntivite viral, não existe tratamento específico. A médica
Cristina Dantas recomenda o uso de compressas frias ou geladas e
aplicação de colírio lubrificante gelado várias vezes por dia para
aliviar.
Para a bacteriana, o tratamento é com colírio
antibiótico. É recomendado lavar os olhos e fazer compressas de água
gelada, filtrada e fervida, ou soro fisiológico. Nos casos mais graves, a
córnea pode ser perfurada.
A conjuntivite alérgica é
tratada com colírio antialérgico. No caso das crianças, a médica alerta
para necessidade do tratamento, pois as chances de uma úlcera ou ferida
na córnea são maiores.
Sempre procure um oftalmologista para o diagnóstico correto.