O interior do Rio Grande do Norte está entrando na sua quadra
invernosa. Os mananciais potiguares, em algumas regiões, já começaram a
ter aumento de volume. Entre os 45 reservatórios monitorados pelo
Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de
Gestão das Águas (Igarn), que possuem capacidade superior a cinco
milhões de metros cúbicos, a estimativa definida pelo setor de
monitoramento é que, seguindo a perspectiva de um inverno dentro do normal,
as reservas hídricas superficiais possam terminar o período de chuvas
com, aproximadamente, 50% do total que conseguem acumular, que é de
4,411 bilhões de metros cúbicos.
O diretor-presidente do Igarn, Caramurú Paiva, ressalta que caso se
confirme uma quadra invernosa dentro da normalidade e os reservatórios
atinjam os 50% das reservas hídricas superficiais totais, o estado do
Rio Grande do Norte atingirá sua melhor situação de abastecimento desde
2013, quando, ao final do inverno no interior, acumulou 45,01% da
capacidade total das bacias hidrográficas. “Em 2014, acumulou 39,93%; em
2015, 26,99%; em 2016, 20,18%; em 2017, 17,72%; e 2018, 31,50%”,
relembra o diretor.
Com relação aos principais reservatórios estaduais, a barragem
Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões de metros
cúbicos, atualmente acumula 495,745 milhões de m³, em termos
percentuais, 20,66% de sua capacidade. No início de março de 2018, a ARG
acumulava 284,986 milhões de m³, ou apenas 11,87% de máximo que
consegue acumular.
Já a barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 600 milhões de
metros cúbicos, atualmente acumula 133,582 milhões de metros cúbicos.
No mesmo período do ano passado estava com 13,84%, o que corresponde a
82,978 milhões de metros cúbicos.
Outro grande reservatório, Umari, que possui capacidade para 292
milhões de metros cúbicos, atualmente acumula 97,899 milhões de metros
cúbicos. No mesmo período do ano passado estava com 13% de sua
capacidade, 39,230 milhões de m³.
Atualmente, 7 reservatórios estão em volume morto, o que corresponde a
15,55% do total de açudes monitorados. Já os completamente secos são 8,
em termos percentuais, 17,77%. No início de março de 2018, 17
mananciais estavam em volume morto e 15 secos.