sábado, março 09, 2019

Venezuela entra na segunda noite de apagão energético.

O maior apagão da história recente da Venezuela levou caos, angústia e incerteza aos moradores de Caracas e de praticamente todos os estados venezuelanos, que ficaram mais de 24 horas sem luz e sem informações concretas sobre o que acontecia no país.

Com a queda da eletricidade na tarde de quinta (7), as ruas de Caracas foram tomadas por milhares de pessoas que tentavam voltar para casa a pé.

Houve interrupção total do sistema de transporte sobre trilhos da capital. Os ônibus desapareceram das ruas, e taxistas e mototaxistas subiram as tarifas para até um salário mínimo para corridas rápidas.
O sistema de comunicação, incluindo redes móveis de telefonia e internet, entrou em colapso na quinta e continuaram assim até a tarde de sexta (8).

Parte dos hospitais não conseguiu acionar geradores, e relatos de partos e até de cirurgias feitas sob a luz de celulares e velas se espalharam pelas redes sociais.

Sem informações sobre quando a energia poderia retornar, muitos venezuelanos começaram a cozinhar alimentos que tinham estocado.

“O segredo é ferver um pouco. Deixar na água e colocar bastante sal e um pouco de alho, se tiver. Depois de algumas horas, volta-se a ferver e a colocar mais sal”, contava a aposentada Maria Ruiz, 62.

Seu vizinho, o motorista aposentado Roberto Mulas, 65, decidiu esperar mais. Ficou como o responsável por cuidar de quatro frangos, dois dele e dois de duas vizinhas, que tinha no congelador.

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