O maior apagão da história recente da Venezuela levou
caos, angústia e incerteza aos moradores de Caracas e de praticamente todos os
estados venezuelanos, que ficaram mais de 24 horas sem luz e sem informações
concretas sobre o que acontecia no país.
Com a queda da eletricidade na tarde de quinta (7), as
ruas de Caracas foram tomadas por milhares de pessoas que tentavam voltar para
casa a pé.
Houve interrupção total do sistema de transporte sobre
trilhos da capital. Os ônibus desapareceram das ruas, e taxistas e mototaxistas
subiram as tarifas para até um salário mínimo para corridas rápidas.
O sistema de comunicação, incluindo redes móveis de
telefonia e internet, entrou em colapso na quinta e continuaram assim até a
tarde de sexta (8).
Parte dos hospitais não conseguiu acionar geradores, e
relatos de partos e até de cirurgias feitas sob a luz de celulares e velas se
espalharam pelas redes sociais.
Sem informações sobre quando a energia poderia retornar, muitos venezuelanos começaram a cozinhar alimentos que tinham estocado.
“O segredo é ferver um pouco. Deixar na água e
colocar bastante sal e um pouco de alho, se tiver. Depois de algumas horas,
volta-se a ferver e a colocar mais sal”, contava a aposentada Maria Ruiz,
62.
Seu vizinho, o motorista aposentado Roberto Mulas, 65,
decidiu esperar mais. Ficou como o responsável por cuidar de quatro frangos,
dois dele e dois de duas vizinhas, que tinha no congelador.
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