Dados da quebra de sigilo bancário de ex-assessores
do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) mostram que o dinheiro
repassado por eles ao policial militar aposentado Fabrício Queiroz
duplicou os créditos feitos na sua conta corrente em 2016.
As informações disponíveis indicam que os 13 assessores suspeitos de
devolverem parte do salário para Queiroz repassaram, no total, R$ 303
mil ao PM. O valor é metade dos R$ 605,5 mil recebidos pela conta do
policial militar aposentado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Amigo do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz é apontado pelo MP-RJ
como o operador financeiro do esquema da “rachadinha” no antigo gabinete
de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde ele exerceu
o mandato de deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.
A suspeita é de que o ex-assessor recolhia parte do salário de alguns assessores para repassá-los ao filho do presidente Bolsonaro.
Preso preventivamente no mês passado em Atibaia, no interior de São Paulo, Queiroz cumpre a medida cautelar em casa, benefício concedido pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha.
A defesa do senador nega as acusações de que praticou “rachadinha”. A de Queiroz afirma que não comenta casos sob sigilo