O mel é um produto natural obtido a
partir do néctar das flores e de excreções da abelha. Além de ser um
ótimo adoçante natural, este alimento é cheio de benefícios porque conta
com ação antimicrobiana, capaz de impedir o crescimento ou destruir
micro-organismos e assim proteger contra doenças.
O mel também conta
com ação antioxidante e prebiótica, esta última modifica o balanço da
microbiana intestinal, estimulando o crescimento e/ou atividade de
micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar o mel é
ótima fonte de energia.
Benefícios do mel
Bom para dor de garganta:
Sua avó estava certa! Como o mel possui ação antimicrobiana, capaz de
impedir o crescimento ou destruir micro-organismos, ele é interessante
para aliviar a dor de garganta momentaneamente. Mas é importante
ressaltar que não há nenhum estudo científico comprovando que o mel
trate as causas desse sintoma, como uma faringite por exemplo, e nem a
evolução da doença relacionada a uma dor de garganta.
As característica
do mel que fazem com que ele tenha esta ação antibiótica são: o baixo
ph, proporcionando um ambiente ácido que pode inibir o desenvolvimento
de muito micro-organismos, pouca quantidade de água, que não
proporciona condições favoráveis para o crescimento das bactérias. Além
disso, o mel possui o ácido glucônico que contribui para a formação do
peróxido de hidrogênio, um poderoso antibactericida.
Bom para problemas respiratórios: Pesquisas
mostraram que bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a
ação antibacteriana do mel. Entre esses micro-organismos estão a Haemophilus influenzae, responsável por infecções respiratória e sinusites, Mycobacterium tuberculosis, que leva a tuberculose, Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae,
que causa a pneumonia. Nesse caso, vale a mesma ressalva em relação à
dor de garganta. O mel pode ajudar aliviando os sintomas e o
desconforto, mas não promove a cura da doença em si. O tratamento
dessas doenças, portanto, deve ser indicado por um especialista.
Bom para o intestino:
O mel pode ser um importante aliado na manutenção da microbiota
intestinal (conhecida como flora intestinal), que são bactérias
benéficas que carregamos ali. Contribuindo assim para um melhor trânsito
intestinal, a consistência normal das fezes, prevenção de diarreia e
constipação.
Com a microbiota
boa, quando a pessoa consumir fibras as bactérias do bem transformam as
fibras em ácidos graxos de cadeia curta, que impedem que os
micro-organismos ruins do intestino invadam a corrente sanguínea e se
espalhem pelo nosso corpo, criando uma defesa indireta.
Todos estes
benefícios ocorrem porque o mel possui carboidratos não digeríveis e
oligossacarídeos que são prebióticos, ou seja, contribuem para a
manutenção da microbiota intestinal. Além disso, pesquisas mostraram que
bactérias causadoras de algumas doenças são sensíveis a ação
antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos estão: Escherichia coli, causadora de diarreia e infecções urinárias e Salmonella species, que pode levar a diarreia.
Bom para pele:
O mel é rico em antioxidantes, como ácidos fenólicos, os flavonoides e
os carotenoides. Por isso, o alimento contribui para a diminuição dos
radicais livres e assim previne o envelhecimento precoce e contribui
para a pele mais bonita e saudável. O mel pode ser ingerido ou utilizado
em cosméticos como sabonetes e cremes.
Ao ser passado na
pele algumas pesquisas, entre elas uma da Universidade de Ouagadougou de
Burkina Faso, observaram que o mel pode agir como cicatrizante de
feridas e em casos de úlceras, queimaduras e abscessos na pele. Os
micro-organismo staphylococcus aureus e salmonela typhimurium, ambos causadores de infecções em ferimentos, são sensíveis a ação antibacteriana do mel.
Ação antioxidante:
Isto faz com que o mel ajude a diminuir os radicais livres e assim
contribua para evitar o envelhecimento celular, proporcionando uma pele
mais bonita e saudável e prevenindo doenças como o Alzheimer,
cardiovasculares, entres outras.
As substâncias
presentes no alimento que proporcionam este benefício são: ácido
glucônico, os ácidos fenólicos, os flavonoides, certas enzimas, como a
glicose oxidase, catalase e peroxidase, ácido ascórbico,
hidroximetilfurfuraldeído e carotenoides.
Diminui os riscos de infecção urinária:
Alguns estudos apontaram que bactérias causadoras de certas doenças
são sensíveis a ação antibacteriana do mel. Entre esses microrganismos
estão a streptococcus faecalis, proteus species e pseudomonas
aeruginosa, todas elas podem causar a infecção urinária.
Melhora o sono e ajuda a relaxar: O
mel estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável
pela sensação de prazer e bem-estar. O alimento é um carboidrato fonte
de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio
responsável por baixar os níveis de estresse do organismo, melhorando o
bem-estar. O mel tem uma função importante como regenerador da
microbiota intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no
intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no
intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal
colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais
serotonina e mais disposição e sensação de prazer.