Pelos próximos quatro meses, os compradores
de carros poderão ter descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, anunciaram há
pouco o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad. Também haverá um desconto de R$ 36,6 mil a R$
99,4 mil para ônibus e caminhões.
No caso dos carros, explicou Alckmin, os
descontos serão concedidos com base no cumprimento de três critérios:
social (preço mais baixo), ambiental (carros que poluem menos) e
densidade industrial (predominância de geração de empregos na indústria
brasileira e uso de peças nacionais). Ao todo, 20 marcas foram incluídas
no programa.
“O desconto mínimo será de 1,6%, o desconto
máximo será de 11,6%. O menor desconto será de R$ 2 mil e o maior
desconto até R$ 8 mil”, detalhou Alckmin.
Nos primeiros 15 dias após a publicação da
medida provisória, explicou Haddad, as vendas de carros com desconto
serão exclusivas a pessoas físicas. O prazo, no entanto, pode ser
prorrogado por até 60 dias, caso a demanda seja maior. Após esse prazo,
as pessoas jurídicas que comprarem carros também poderão beneficiar-se
do programa.
No caso de ônibus e de caminhões, o desconto
varia conforme o tamanho do veículo e será usado para a renovação da
frota com mais de 20 anos. Micro-ônibus (vans) e pequenos caminhões
receberão desconto de R$ 36,6 mil. Os ônibus de tamanho normal e grandes
caminhões terão redução de R$ 99,4 mil. O grau de poluição do veículo
também será considerado.
Para obter o desconto sobre o caminhão e o
ônibus, o motorista precisa se desfazer do veículo licenciado com mais
de 20 anos de fabricação e enviá-lo para reciclagem. O comprador
precisará apresentar um documento para comprovar a destinação do veículo
antigo para o desmonte.
O valor pago no caminhão ou ônibus velho
estará incluído no desconto. Num exemplo, no caso de um caminhão de
menor porte, que teria desconto de R$ 33,6 mil, a redução cai para R$
18,6 mil se o veículo antigo tiver custado R$ 15 mil.
Segundo Alckmin, a inclusão dos ônibus e
caminhões no programa foi um pedido da Associação Nacional de
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Isso porque uma exigência
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para a modernização de
motores de caminhões e ônibus encareceu esses veículos em 15% em 2023.