A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil somou R$
1,15 trilhão no primeiro trimestre de 2023, de acordo com informações
reveladas ontem terça-feira (25) pela Receita Federal.
O resultado, 0,3% superior ao apurado no mesmo período do ano
passado, é o maior para o acumulado dos seis primeiros meses desde 1995,
ano que marca o início da série histórica do indicador.
No período, o mês de janeiro corresponde ao maior valor embolsado
pelo governo com impostos e contribuições (R$ 257,6 bilhões). A cifra só
voltou a superar os R$ 200 bilhões em abril (R$ 204,2 bilhões) e seguiu
abaixo da marca em março (R$ 176,7 bilhões) e junho (R$ 180,5 bilhões).
Assim como já havia acontecido em março, a arrecadação total de junho
é inferior à apurada no mesmo mês do ano passado, com uma queda real de
3,4% na comparação anual. Todos os outros meses, no entanto, tiveram o
melhor desempenho arrecadatório dos últimos 28 anos.
No acumulado do ano, a Receita Previdenciária totalizou uma
arrecadação de R$ 288,6 bilhões, com crescimento real (acima da
inflação) de 7,1%. Esse desempenho é explicado pelo crescimento real de
9,79% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 33% nas
compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.
O IRRF (Imposto Sobre a Renda Retido na Fonte) apresentou uma
arrecadação de R$ 58 bilhões, resultado que representa uma alta real de
28,17% e pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 70,83% na
arrecadação das aplicações de renda fixa e de 18,02% nos ganhos com
fundos de renda fixa.
Já os IRRF provenientes de rendimentos do trabalho resultaram em uma
arrecadação de R$ 99,2 bilhões, com crescimento real de 6,38%. O
desempenho foi resultado dos acréscimos reais na arrecadação dos
rendimentos do trabalho assalariado (+8,42%) e participação nos lucros
ou resultados (+15,7%).