A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta
quinta-feira (18), apontou crescimento de 5,7% no número de domicílios
em aquisição no período entre 2012 e 2013. O estudo estimou, para esse
indicador, aumento absoluto de quase 178 mil unidades.
De acordo
com o instituto, o indicador de domicílio em aquisição diz respeito aos
imóveis próprios, mas que ainda estavam sendo pagos na semana de
referência da pesquisa --na prática, são imóveis financiados. Para a
Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo
país.
Segundo o IBGE, as estatísticas podem estar relacionadas
com o crescimento do rendimento da população. Só no ano passado, dos
65,2 milhões de domicílios estimados no Brasil, 60,8 milhões totalizavam
rendimentos, em média, de R$ 2.983, de acordo com a Pnad. O valor é 4%
maior do que o rendimento domiciliar apurado em 2012.
Para o
instituto, o aumento da renda proporciona mais oportunidades de
financiamento imobiliário. Outro fator que provavelmente impactou a
questão habitacional, de acordo com a IBGE, foi a implementação de
políticas de inclusão, como o programa Minha Casa, Minha Vida.
O
destaque regional ficou com o Norte, onde ocorreu variação de um ponto
percentual em relação ao total de domicílios em aquisição. Na projeção
de números absolutos, o Norte saltou de uma estimativa de 64 mil
domicílios ainda não quitados, em 2012, para 116 mil, no ano passado
(crescimento de 81,2%).
Por outro lado, houve leve redução
percentual no total de domicílios próprios no país. O indicador passou
de 74,8% do total de imóveis, em 2012, para 74,5%, no ano passado.
Também houve pequena queda entre os domicílios já quitados (redução de
0,5 ponto percentual).
Para o IBGE, essas variações são normais, já que, a cada edição da pesquisa, o número de domicílios entrevistados aumenta.
Na série histórica, entretanto, a Pnad vem mostrando
participação cada vez maior dos domicílios em aquisição. Em 2004, os
imóveis que estavam sendo pagos representavam 4,2% (2,2 milhões) do
total de moradias no país. No ano passado, o mesmo indicador chegou a
5,1% (3,3 milhões).
Por ser uma pesquisa por amostra, as
variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico,
que é o chamado "erro amostral". Segundo o IBGE, não há uma margem de
erro específica para toda a amostra. Via bol.