Maiores vilões da obesidade infantil são alimentação inadequada e sedentarismo
No passado, criança gordinha era
sinônimo de criança saudável. Hoje, a obesidade infantil — como a adulta
— é um problema de saúde pública. Quase metade (47,6%) das crianças
brasileiras de 5 a 9 anos tem obesidade ou sobrepeso, de acordo com
dados do IBGE. Na faixa etária de 10 a 19 anos, um em cada quatro
(26,45) está acima do peso. Alimentação inadequada e sedentarismo são os
principais vilões da obesidade infantil. Em menos de 5% dos casos,
segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o
excesso de peso se deve a doenças endocrinológicas.
Para avaliar se crianças e adolescentes
estão acima do peso, médicos se baseiam em um gráfico de índice de massa
corpórea (IMC), método que divide o peso pela altura ao quadrado. A
análise dos resultados, no entanto, é diferente daquela utilizada para
adultos. A criança é considerada com sobrepeso quando seu IMC está acima
da média de 85% das crianças saudáveis da mesma idade. Já a obesidade é
diagnosticada se o resultado ultrapassa 97% da representação. Esse
cálculo vale para crianças e adolescentes com mais de cinco anos.
A obesidade infantil pode causar nos
pequenos problemas considerados de adultos, como diabetes, colesterol
alto, insônia e hipertensão. “Essa criança também terá mais
predisposição à obesidade no futuro”, diz o médico nutrólogo Daniel
Magnoni, da Divisão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de
Cardiologia, em São Paulo.
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