Fotos mostram cliente durante aplicações atribuídas à falsa biomédica
Oito meses após a morte da ajudante de
leilão Maria José Brandão, de 39 anos, depois de fazer aplicações para
aumentar o bumbum, o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia divulgou o
laudo com as causas do óbito. Os exames não conseguiram definir qual foi
o produto usado, mas ressaltam que a forma como ele foi injetado no
corpo da vítima causou uma embolia pulmonar, resultando em uma
insuficiência respiratória aguda.
Segundo o IML, essa embolia ocorreu após
a segunda aplicação do produto, que seguiu pela corrente sanguínea e
chegou aos pulmões. “Algo aconteceu que essa substância saiu da região
aplicada e foi parar em outros órgãos nobres, como o pulmão, que recebeu
esse corpo estranho e fez esse processo de embolia”, afirmou a médica
legista Ívia Carla Nunes.
Maria José morreu em 25 de outubro do
ano passado, menos de um dia depois de fazer a segunda aplicação de
hidrogel no bumbum, em uma clínica estética de Goiânia. Após se sentir
mal, ela foi internada no Hospital Jardim América, na capital, mas não
resistiu e morreu.
A falsa biomédica Raquel Policena Rosa,
de 27, que fez as aplicações, chegou a ficar 10 dias presa após a
morte, mas foi liberada e responde ao processo em liberdade. Além dela, o
namorado, Fábio Justiniano Ribeiro, de 33 anos, também foi indiciado no
caso.
Após a divulgação do laudo do IML, o
advogado que defende Raquel, Ricardo Naves, reafirmou que ela não tem
nenhuma responsabilidade na morte da ajudante de leilão. “Nenhuma
responsabilidade, inclusive com esse último laudo que não tivemos acesso
ainda”, explicou.