A quatro meses para a primeira edicação dos Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas, as comunidades estão na reta final para a escolha dos
atletas. Os jovens treinam pelo menos três vezes por semana e recebem
alimentação especial. “Os atletas não podem comer qualquer coisa. Eles
têm que tomar cuidado com o local onde sentam. Não podem sentar no mesmo
lugar onde velhos sentaram, por exemplo”, explica o líder Jakuri Pep
Krakete, da etnia Gavião Parkatêjê, do Pará.
A comunidade Gavião deve decidir, nas
próximas semanas, os seus representantes nos Jogos Mundiais. Os treinos
ocorrem três vezes por semana e envolvem as oito aldeias do território.
Entre as modalidades que estão sendo desenvolvidas estão corrida de
tora, arco e flecha, canoagem e futebol.
Na canoagem, Krakete diz que está a
maior dificuldade. A maior facilidade, no futebol. É deles a primeira
seleção indígena profissional: Gavião Kyikatejê Futebol Clube. Para os
que estão participando dos treinos, ele detalha que a alimentação é à
base de berarubu, como é chamada a mandioca, e carne de caça,
principalmente de veado, porco e paca. Estão incluídos na alimentação
ainda milho, inhame, batata, açaí e castanha-do-pará.
A liderança foi uma das que participou
hoje (23) do lançamento dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas, em Brasília. Os jogos serão de 20 de outubro a 1º de
novembro, em Palmas, Tocantins. Cada país poderá inscrever até 50
participantes, totalizando 2,2 mil indígenas de 1,1 mil etnias nacionais
e outro tanto de etnias internacionais. Os representantes dos povos
indígenas continuam em Brasília, participando de congresso técnico até a
próxima quinta-feira (25).
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