O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
registrou, no primeiro dia de reaplicação, ontem (23), 72,2% de
ausências entre os candidatos inscritos. Hoje (24), no segundo dia de
reaplicação, essa porcentagem foi 72,6%. Os dados foram divulgados nesta
noite pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep).
Esta é a terceira e última rodada de
aplicação do Enem 2020, após o Enem impresso regular e o Enem digital.
Os números incluem os dados da reaplicação do Enem e também da
aplicação, pela primeira vez, em todo o estado do Amazonas, e nos
municípios de Espigão D’Oeste e Rolim de Moura, ambos em Rondônia.
Nesses locais, o Enem regular foi cancelado por causa do agravamento da
pandemia do novo coronavírus.
Podiam solicitar a reaplicação os
participantes que estavam inscritos no Enem regular, mas que tiveram
sintomas da covid-19 ou outra doença infectocontagiosa ou, ainda, que
foram prejudicados por questões logísticas, como falta de luz, no dia do
exame.
Ao todo, de acordo com o Inep, 63.468
estudantes fizeram as provas do primeiro dia e 64.213, do segundo. O
exame foi aplicado no Distrito Federal e em 1.503 municípios
distribuídos em todos os estados.
As provas do Enem 2020, no entanto, não
foram realizadas pelos 753 inscritos no município de Boca do Acre, no
Amazonas, devido a fenômenos da natureza que impossibilitaram a
logística de aplicação do exame.
“Conseguimos fazer a prova regular, a
digital e a reaplicação. Foi bastante difícil. Nós tivemos várias
alterações em relação ao que normalmente fazemos”, disse, em nota, o
presidente do Inep, Alexandre Lopes. “Na parte das inscrições, da
logística, conseguir salas, imprimir provas, trazer as pessoas e
comissões ao Inep, durante a pandemia, para montar as provas, além de
definir protocolos de biossegurança, foram contextos atípicos”.
Segundo Lopes foi necessário inovar bastante
na forma de fazer o Enem “para entregá-lo à sociedade e dar
oportunidade aos participantes que, a partir de agora, poderão dar o
próximo passo e buscar o sonho de acesso à educação superior”.