O aposentado Ubiratan Izaías, 59, realizou seu transplante de rins há
seis meses. Desde então sua vida mudou. A rotina da homodiálise, feita
três vezes por semana, foi substituída por atividades que ele pode
planejar e executar sem a preocupação de precisar ir a um hospital a
cada 48 horas para filtrar o próprio sangue. Em comemoração, Izaías
decidiu levar a mensagem de conscientização e vestiu a camisa para pedir
que mais pessoas possam doar seus órgãos e salvar mais vidas.
No Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado neste sábado (27), a
Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) realizou a segunda edição da
“Caminhada pela Vida”, com percurso entre o IFRN o Hemonorte, no Tirol,
na zona Leste da capital.
“Temos o objetivo de conscientizar a população sobre a importância
desse tema. Temos obstáculos, muitos obstáculos. A doação só ocorre se a
família determinar. Por isso é importante que, em vida, a pessoa
manifeste o desejo da doação”, pontuou Marcelo Bessa, secretário adjunto
de Saúde.
O método tem dado certo. Segundo o adjunto da Sesap, a média de
doadores no Estado subiu desde o último ano. O percentual era de 13,9%
para cada grupo de um milhão de habitantes. Atualmente, esse índice é de
14,5%, acima da média nacional, que é de 13,5%.
No Rio Grande do Norte, são feitas captações dos seguintes órgãos:
rim, fígado, coração e córneas. Já as cirurgias de transplantes são de
coração, rim e córnea.