O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
poderá indicar ao menos 13 ministros a tribunais superiores nos próximos
quatro anos de governo. Pela regra atual, um magistrado se aposenta de
maneira compulsória aos 75 anos.
Hoje, 95 ministros compõem
o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ),
o Superior Tribunal Militar (STM), o Tribunal Superior do Trabalho
(TST) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Na Suprema Corte, os
ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber se aposentam em 2023,
completando 75 anos em outubro e em maio, respectivamente
Para o
posto de Lewandowski, dirigentes petistas já avaliam nomes, como do
advogado Cristiano Zanin e do ex-ministro José Eduardo Cardozo.
No
STJ, que conta com 33 cadeiras, a ministra Laurita Vaz se aposentará em
21 de outubro de 2023. Depois dela, a aposentadoria da ministra
Assusete Magalhães está prevista para 18 de janeiro de 2024. Os
ministros Antonio Saldanha Palheiro e Og Fernandes devem se aposentar em
abril e novembro de 2024, respectivamente.
O STJ já tem dois
indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardando a sabatina
pelo Senado Federal e uma vaga aberta aguardando o envio da lista da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para essa vaga, Lula deve escolher
um nome da lista.
No STM, que é composto por 15 ministros, o
ministro Lúcio Mário de Barros Góes se aposentará em 2024. Já os
ministros José Coêlho Ferreira, Odilson Sampaio Benzi e Marco Antônio de
Farias poderão deixar a corte militar em 2025.
No TST, que conta
com 27 ministros, há uma vaga em aberto do ministro Emmanoel Pereira.
Pereira é da vaga da OAB. Também poderá se aposentar em 2025 o atual
vice-presidente, ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Dora Maria, atual
corregedora, também se aposenta em março de 2026.
No TCU, que
conta com nove ministros, a vaga de Ana Arraes ainda não foi preenchida,
mas é uma indicação da Câmara dos Deputados.
O ministro Aroldo Cedraz completa 75 anos em 2026, mas o posto também é vaga da Câmara dos Deputados.
Lula poderá indicar ministros na corte de contas se houver aposentadoria a pedido.