Os estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e
Rio Grande do Norte puxaram, nessa ordem, a alta na criação de empregos
formais em agosto no Nordeste. Em toda a Região, o saldo positivo foi
de 19.964 novas vagas de carteira assinada, sendo 4.975 postos no Ceará,
4.206 em Pernambuco, 3.511 na Paraíba e 3.241 no Rio Grande do Norte.
Ao todo, os quatro estados foram responsáveis por 15.933 dos novos
empregos, ou seja, 80% do total no Nordeste.
Os dados são do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do
Trabalho e analisados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do
Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste.
“É importante frisar, que desde maio de
2017, o Nordeste vem apresentando saldo positivo na movimentação de
empregos formais, o que configura uma tendência favorável ao mercado de
trabalho regional, ainda que modesta”, afirmou a coordenadora de estudos
e pesquisas do Etene, Hellen Rodrigues. Ela destacou que o Nordeste
fechou agosto como a região que mais criou postos de empregos no País,
com números de 182.574 admitidos e 162.610 demitidos.
No comparativo entre os estados, apenas Alagoas teve resultado negativo no período, com a redução de 424 postos.
Ceará.
Estado com o melhor saldo na criação de
empregos no período, o Ceará teve seu desempenho favorável influenciado
pelo setor de serviços (+1.702 postos), principalmente em decorrência
dos subsetores de comércio e administração de imóveis (+ 944 vagas) e de
ensino (+892 novas vagas).
Também contribuíram com a alta a
indústria de transformação (+976 postos), fomentada pelas exportações do
setor calçadista (+839 vagas); agropecuária (+900 postos); construção
civil (+579 postos); comércio (+533 postos); administração pública (+144
postos); serviços industriais de utilidade pública (+132 postos) e
extrativa mineral (+9 postos).
Fortaleza (+1.597 postos), Sobral (+609
postos), Aracati (+227 postos), Limoeiro do Norte (+213 postos) e
Juazeiro do Norte (+183 postos) foram as cidades que mais se destacaram
na criação de empregos.
Pernambuco.
Com o segundo melhor saldo na criação de
postos de trabalho (+4.206) no Nordeste, Pernambuco deve o bom
desempenho à indústria de transformação (+1.927 postos), principalmente
em razão dos subsetores da indústria de alimentos e bebidas (+2.074
postos) e da indústria da borracha, fumo, couro, peles e similares (+129
postos); agropecuária (+1.802 postos); serviços (+673 postos) e
construção civil (+301 postos).
No recorte municipal, Igarassu (+2.150
postos), Petrolina (+1.313 postos), Bezerros (+333 postos), Cabo de
Santo Agostinho (+247 postos) e Timbaúba (+145 postos) foram os
municípios que mais contribuíram para a geração de empregos em agosto.
Recife figura na lista de cidades com redução do nível dos postos de
trabalho (-593).
Paraíba.
Na Paraíba, 3.511 empregos formais foram
criados em agosto, resultado influenciado pelo desempenho verificado nos
setores de agropecuária (+2.349 postos), com crescimento de 21,98% em
relação ao mês anterior, e da indústria de transformação (+918 postos).
As cidades que mais contribuíram para o saldo positivo foram Mamanguape
(+1.312 postos), Santa Rita (+746 postos) e Sousa (+57 postos). Tal qual
Pernambuco, também na Paraíba a capital registrou saldo negativo (-215
postos), assim como a cidade de Campina Grande (-337 postos).
Rio Grande do Norte.
Os setores de agropecuária (+2.495
postos), serviços (+596 postos) e construção civil (+225 postos) foram
os que mais contribuíram para a geração de empregos no mercado potiguar.
Vale a pena destacar a contribuição dos subsetores de fruticultura
irrigada (com área colhida de melão de grande importância no Nordeste),
comércio e administração de imóveis (+742 postos) e Ensino (+85 postos).
No Rio Grande do Norte, os municípios em
que houve maior incremento no número de vagas foram Mossoró (+1.188
postos), Natal (+424 postos), Apodi (+103 postos), Canguaretama (+162
postos) e Açu (+77 postos). Os melhores resultados foram registrados no
interior do Estado, onde foram gerados 1.895 empregos com carteira
assinada.