A taxa de desemprego chegou a 13,7% na última semana de julho, com
12,9 milhões de desocupados, 3 milhões a mais do que na primeira semana
de maio, quando a taxa de desocupação estava em 10,5%.
Os números são da pesquisa Pnad Covid-19, que busca identificar os
efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. O
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) considera como
desempregados apenas os trabalhadores que procuraram ativamente por uma
vaga de emprego.
Outros 28 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas foram
considerados fora da força de trabalho na última semana de julho, por
não terem buscando ativamente uma ocupação. Desse contingente, 18,5
milhões disseram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou
por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.
Assim, o país somava ao fim de julho mais de 40 milhões entre pessoas
oficialmente consideradas desempregadas e aquelas que gostariam de
trabalhar, mas não buscaram ocupação por algum motivo, dentre eles, a
pandemia.
Na última semana de julho, a população ocupada somava 81,2 milhões,
estatisticamente estável em relação à semana anterior (81,8 milhões),
mas uma queda em relação ao início de maio (83,9 milhões), quando
começou a série histórica da Pnad Covid.
Os afastados do trabalho devido ao distanciamento social caíram a 5,8
milhões na última semana de julho, ante 6,2 milhões na semana anterior e
16,6 milhões no início de maio.
Com isso, os afastados do trabalho passaram a representar 7,1% da população ocupada, contra 19,8% no início de maio.
Ainda dentro da população ocupada, 8,3 milhões seguiam trabalhando
remotamente ao fim de julho, contra 8,2 milhões na semana anterior e 8,6
milhões no início de maio.
O nível de ocupação, percentual de pessoas efetivamente ocupadas
entre aquela em idade de trabalhar, chegou a 47,7% na última semana de
julho, comparado a 48% na semana anterior e 49,4% no início de maio.
A taxa de informalidade chegou a 33,5% na última semana de julho,
ligeiramente acima da semana anterior (32,5%), com 27,2 milhões de
pessoas trabalhando de forma informal ao fim do mês passado.