Durante a pandemia, a rede estadual de ensino recebeu mais de 8 mil novos alunos, segundo dados preliminares da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC). Em março, estavam matriculados 208 mil alunos e agora são 216 mil. A expectativa da pasta era de encerrar o ano com 210 mil alunos matriculados.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o aumento expressivo de matrículas pode estar relacionado com a saída de estudantes da rede privada de ensino. A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus fez com as famílias tivessem perdas expressivas da renda mensal.
Um dos fatores foi o crescimento da taxa de desocupação entre os potiguares. O índice chegou a 13,8% em junho passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa corresponde a 190 mil pessoas em busca de trabalho no mês. Em maio, a taxa estava em 12,3%, o que representava 173 mil pessoas no estado.
Além disso, o número de pedidos de seguro-desemprego no Rio Grande do Norte chegou a 47,6 mil no acumulado de 2020, entre janeiro e os primeiros 15 dias julho, segundo dados do Ministério da Economia. O número representa alta de 1,57% em relação ao mesmo período do ano passado.
Com isso, as perspectivas para o setor da educação privada potiguar não são nada animadoras. A partir do mês de setembro, a crise aumentará ainda mais nas escolas privadas, segundo Alexandre Marinho, presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Rio Grande do Norte.
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