O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou hoje
(2), em sua conta no Twitter, que investigadores do FBI politizaram as
investigações para favorecer os democratas. "Os principais líderes e
investigadores do FBI e do Departamento de Justiça politizaram o sagrado
processo de investigação a favor dos democratas e contra os
republicanos - algo que teria sido impensável há pouco tempo", escreveu.
Em outro post
na rede social, ele mencionou a ex-candidata democrata Hillary Clinton,
cuja campanha as investigações do FBI apontaram ter sido prejudicada
por ingerência de hackers da Rússia. Mas Trump coloca em dúvida as próprias denúncias do FBI sobre o caso.
"Você
teve Hillary Clinton e o Partido Democrata tentando esconder o fato de
que eles deram dinheiro para criar um dossiê, que foi usado por seus
aliados no governo de Obama para convencer um tribunal, de forma
equivocada, por todas as contas, para espionar a equpe de Trump [equipe
de campanha]", atacou em outra postagem.
Antes de deixar o poder,
Barack Obama divulgou informações sobre suspeitas de interferência
russa nas eleições presidenciais. Depois, novas informações acusavam
integrantes da equipe de Trump de ter tido contato com funcionários do
governo russo.
Em maio do ano passado, Trump demitiu o diretor da agência, James Comey, alegando que o relatório sobre o caso do uso do e-mail
de Hillary Clinton como secretária de Estado, a partir de um servidor
privado, teria sido tendencioso para amenizar a responsabilidade da
candidata.
Entretanto, dias depois, o jornal The New York Times
divulgou um memorando, escrito por Comey, afirmando que o presidente
teria pedido a ele que "poupasse" o ex-conselheiro de Segurança Nacional
dos EUA, Michael Flynn, de investigações sobre as suspeitas de relações
com a Rússia.
Em janeiro, o vice-diretor do FBI, Andrew McCabe,
também pediu demissão. McCabe foi criticado por Trump, também acusado
de parcialidade contra ele e a favor da candidata democrata da eleição
de 2016, Hillary Clinton.
O vazamento de informações e a publicação de reportagens investigativas por jornais como The Washignton Post e The New York Times têm irritado o presidente, que reafirma que esses e outros veículos de imprensa publicam fake news (notícias falsas) sobre ele e sua equipe.
As
investigações sobre a suposta interferência russa nas eleições
presidenciais e sobre as suspeitas de contato entre pessoas próximas de
Trump e integrantes do governo russo paira no ar desde a posse do
presidente. Para alguns opositores, se for comprovada tal ingerência,
Trump poderia sofrer um processo de impeachment.