O Ministério da Saúde anunciou hoje (2) que vai redistribuir os 140
aceleradores lineares pertencentes ao Plano de Expansão da Radioterapia
no intuito de ampliar o acesso ao tratamento do câncer no país. Segundo o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, a medida vai garantir a cobertura,
via Sistema Único de Saúde (SUS), de 100% do público-alvo até o final de
2019.
“Estamos atendendo 74% das pessoas dentro do prazo da lei
[60 dias após o diagnóstico de câncer] e só poderemos atender a todos
com a implantação desses equipamentos. Com a quimioterapia, nós temos
mais facilidade de estruturar, mas a radioterapia depende de construção,
instalação. São equipamentos que nós precisamos cuidar pra que a
radiação deles não vaze e afete as pessoas”, explicou.
O governo
anunciou ainda a inclusão de 36 hospitais ao plano. Para garantir a
medida, o ministério vai destinar um total de R$ 163,7 milhões em
recursos para a ampliação e a construção do serviço em 14 estados e no
Distrito Federal, que apresentam um deficit assistencial.
De
acordo com a pasta, a inclusão de novas unidades só foi possível após a
revisão do plano e a consequente exclusão de instituições com
inviabilidade técnica que não atendiam aos critérios ou que pediram para
sair do projeto. A portaria foi publicada em setembro do ano passado.
Do
total de novos hospitais habilitados, 16 vão receber o acelerador
linear e a casamata concluída (espaço destinado para a instalação do
equipamento). As demais unidades vão receber apenas o acelerador, uma
vez que já têm o local específico para instalação.
A previsão do
ministério é que, até o final de 2018, outros equipamentos de
radioterapia sejam entregues, totalizando os 140 anunciados pela pasta.
Segundo o governo, cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a
aquisição de 100 aceleradores lineares, além da realização de projetos e
obras. Os outros 40 aceleradores serão adquiridos com recursos de
convênios.
“Esses 140 novos equipamentos, somados aos que já
temos, são suficientes para dar cobertura a todos os brasileiros que
dependem exclusivamente do SUS. Ao final de 2019, nós teremos um parque
instalado de radioterapia capaz de atender a todos e, daí para frente, é
utilizar novas tecnologias, upgrades tecnológicos nesses equipamentos
para que eles possam fazer o tratamento em menos número de sessões”,
concluiu o ministro.
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