O Brasil teve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer por
ano em 2018 e 2019, divulgou hoje (2) o Instituto Nacional de Câncer
José Alencar Gomes da Silva (Inca) na Estimativa 2018 de Incidência de
Câncer no Brasil. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no
país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para
homens, e de mama, para mulheres.
Considerado menos letal, o
câncer de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos
diagnosticados por ano. Se esses casos não forem levados em
consideração, as mulheres brasileiras terão como tipos de câncer mais
incidentes o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o
de colo de útero (16 mil).
Entre os homens, a próstata é a parte
do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos,
seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil.
O
perfil da incidência de câncer no Brasil varia de acordo com a região,
se assemelhando mais a países desenvolvidos nas Regiões Sul e Sudeste,
com mais tumores de intestino e menor incidência de câncer de colo de
útero em mulheres e estômago em homens.
Nas regiões Nordeste e
Norte, o câncer de estômago tem uma incidência maior entre homens, e o
câncer de colo de útero ainda está mais presente entre as mulheres.
Esses dois tipos de câncer são mais associados a infecções, possuem
maior potencial de prevenção e têm maior incidência em países menos
desenvolvidos.
Os homens devem apresentar mais casos de câncer
que as mulheres em 2018, com cerca de 300 mil casos, enquanto elas devem
ter 282 mil novos casos.
Ao apresentar os dados, o Inca exibiu
vídeos de pessoas que se curaram de câncer e reforçou a campanha contra a
estigmatização da doença, que tem como slogan "o câncer não pode acabar com a vontade de viver".
O instituto reforçou também a necessidade de combater a desinformação sobre a doença, promovendo um debate sobre fake news,
saúde e câncer. A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho Mendes
destacou que as notícias falsas podem afastar as pessoas do tratamento
correto e gerar frustrações.
"A proliferação de mensagens falsas e
incompletas leva muitos a seguir conselhos que na maioria das vezes são
desprovidos de qualquer embasamento científico", disse a diretora ao
destacar que um terço dos casos de câncer podem ser evitados, por serem
associados a fatores como o tabagismo, a inatividade física, a obesidade
e infecções como o HPV.
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