As decisões, seja no campo pessoal ou relativas a negócios de grandes
empresas, estão sendo tomadas cada vez mais por máquinas, afirmou hoje
(2) o cientista de dados Ricardo Cappra, em palestra hoje (2) na 11ª
Campus Party Brasil, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
Cappra
destacou que, nos últimos anos, foram desenvolvidas ferramentas
sofisticadas para o consumo da informação. “Começamos criando relatórios
para saber o que estava acontecendo. Aí, vieram os sistemas e criamos dashboards
[painéis que mostram métricas e indicadores para alcançar objetivos e
metas, traçados de forma visual] para chegar à informação. Começamos
também a usar os algorítimos, a inteligência artificial, até chegar aos
sistemas que são usados atualmente.”
Para o cientista, por este
motivo é que as decisões em diversos níveis foram ficando cada vez mais
delegadas a sistemas artificiais. Desde os programas e aplicativos, que
vão levando seleções de músicas e filmes para os usuários, até as
empresas, que baseiam estratégias comerciais nas projeções, feitas a
partir de dados coletados na internet e processados por computadores. “O
motorista não vai mais precisar determinar a rota que vai fazer, pois o
[aplicativo] Waze já está fazendo isso”, disse.
“Nós, humanos,
que estamos aqui na ponta, e usamos tudo isso, estamos, na verdade,
decidindo menos do que as máquinas. Porque elas têm mais dados,
informações, processam isso. E nós, como seres humano, ficamos
diminuindo o nosso processo decisório a partir disso. Então, cada vez,
transferimos mais o processo decisório para as máquinas, e nos tornamos
insignificantes no processo decisório”, acrescentou.
“O nosso próximo passo é a inteligência aumentada. O que significa
inteligência aumentada? As próprias máquinas, baseadas nas aprendizagens
que ensinamos, tomam as decisões”, disse, apontando em qual direção as
tecnologias vêm se aprimorando.“
Neste cenário, Cappra afirma que
é fundamental saber se organizar para analisar as informações e tomar
decisões, além dos resultados apresentados pelas máquinas. O
especialista mostrou exemplos baseados em modelos gráficos, que ajudam a
visualizar os padrões fornecidos pelos dados.
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