A partir deste ano, todos os 20 clubes da série A masculina do
Brasileirão vão ter que manter elencos femininos, tanto na categoria de
base, como no profissional. A exigência foi estipulada pelo Regulamento
de Licenças de clubes da Conmebol (Confederação Sul-americana de
Futebol). O documento exige a existência da modalidade feminina em todos
os clubes que participam do Campeonato Sul-Americano e da Copa
Libertadores em 2019. Como 14 clubes brasileiros se enquadram nesse
quesito, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu expandir a
exigência para todas as 20 equipes da série A.
De acordo com o manual da CBF, para atender essa demanda, os clubes
poderão manter uma equipe própria, estabelecer um acordo de parceria,
firmar uma associação com outro clube ou a outras entidades privadas,
governos estaduais ou municipais.
Na vanguarda dessa exigência, o Santos mantém uma equipe feminina há
mais de 20 anos. As “Sereias da Vila”, como são conhecidas têm no
histórico uma bela sala de troféus. A equipe foi duas vezes campeã da
Copa Libertadores, bicampeã da Copa do Brasil e Campeã Brasileira em
2017.
De acordo Alessandro Rodrigues, gerente executivo de futebol feminino
do Santos, o investimento na categoria gira em torno de R$ 2,5 milhões
por ano, variando de acordo com as competições disputadas.
“A minha defesa e a minha aposta é que o futebol feminino é
perfeitamente viável, a partir de uma ideia de patrocínio, a partir de
uma ideia de algum tipo de transmissão que envolva remuneração. Através
do futebol feminino, talvez, consigamos nos comunicar com o público
feminino e isso é cada vez mais importante. E o que eu acho mais
fundamental: você sinaliza para centenas de meninas que é possível jogar
futebol, que elas podem gostar de futebol e que elas podem jogar
futebol”, comenta o gerente.
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