quarta-feira, março 06, 2019

Abandonado durante décadas, futebol feminino ressurge em grandes clubes após imposição da CBF.

A partir deste ano, todos os 20 clubes da série A masculina do Brasileirão vão ter que manter elencos femininos, tanto na categoria de base, como no profissional. A exigência foi estipulada pelo Regulamento de Licenças de clubes da Conmebol (Confederação Sul-americana de Futebol). O documento exige a existência da modalidade feminina em todos os clubes que participam do Campeonato Sul-Americano e da Copa Libertadores em 2019. Como 14 clubes brasileiros se enquadram nesse quesito, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu expandir a exigência para todas as 20 equipes da série A.

De acordo com o manual da CBF, para atender essa demanda, os clubes poderão manter uma equipe própria, estabelecer um acordo de parceria, firmar uma associação com outro clube ou a outras entidades privadas, governos estaduais ou municipais.

Na vanguarda dessa exigência, o Santos mantém uma equipe feminina há mais de 20 anos. As “Sereias da Vila”, como são conhecidas têm no histórico uma bela sala de troféus. A equipe foi duas vezes campeã da Copa Libertadores, bicampeã da Copa do Brasil e Campeã Brasileira em 2017.

De acordo Alessandro Rodrigues, gerente executivo de futebol feminino do Santos, o investimento na categoria gira em torno de R$ 2,5 milhões por ano, variando de acordo com as competições disputadas.

“A minha defesa e a minha aposta é que o futebol feminino é perfeitamente viável, a partir de uma ideia de patrocínio, a partir de uma ideia de algum tipo de transmissão que envolva remuneração. Através do futebol feminino, talvez, consigamos nos comunicar com o público feminino e isso é cada vez mais importante. E o que eu acho mais fundamental: você sinaliza para centenas de meninas que é possível jogar futebol, que elas podem gostar de futebol e que elas podem jogar futebol”, comenta o gerente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário