segunda-feira, junho 24, 2024

Pantanal e Cerrado têm maior número de focos de incêndio desde 1998 e queimadas na Amazônia são as piores em 20 anos.

O Pantanal e Cerrado bateram recordes e registraram, no primeiro semestre deste ano, a maior quantidade de focos de incêndio desde 1988, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a monitorar queimadas no país.

No Pantanal, a quantidade foi de 3.262 focos entre 1º de janeiro e 23 de junho. O número é 22 vezes o registrado no mesmo período de 2023 do ano passado, segundo o Inpe.

Bioma bateu o recorde de queimadas registrado no 1º semestre de 2020. Naquele ano, foram 2.534 focos de janeiro a junho e, ao fim de 12 meses, o fogo atingiu 22.116 focos.

No Cerrado, já são 12.097 focos de incêndio desde o começo do ano. Na comparação com o mesmo período de 2023, o aumento foi de 32%. Do total de áreas atingidas, 53% ficam na região conhecida como Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e é a principal fronteira da expansão agrícola do Brasil.

Chuvas escassas foram insuficientes para transbordar rios, mas mudança climática também está relacionada com atividade humana. Segundo a analista de conservação da ONG WWF-Brasil, Cyntia Santos, os motivos para as queimadas precisam ter um olhar “sistêmico”.

Queimadas na Amazônia são as piores em 20 anos

Na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 23 de junho. A alta foi de 76% em comparação ao mesmo período no ano passado, depois de dois anos seguidos de baixas, em 2022 e 2023.

Número atual só fica abaixo dos incêndios registrados em 2003 e 2004. Foram registrados, respectivamente, 14.667 e 14.486 focos nos primeiros seis meses desses dois ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário