No universo dos homens com disfunção erétil (DE), os brasileiros são os
que planejam a vida sexual com mais detalhes. Essa é uma das
constatações de uma pesquisa global conduzida pela Pfizer em sete países
para investigar os hábitos sexuais dessa população. Mais de sete em
cada dez entrevistados no Brasil, por exemplo, tendem a concordar ou
concordam fortemente com a ideia de programar dias específicos (73%) e
horários determinados (72%) para suas relações sexuais. Já em Taiwan,
esses comportamentos são adotados pela minoria – 45% e 38%,
respectivamente.
Presidente eleito da International Society of Sexual Medicine (ISSM),
o urologista Luiz Otávio Torres afirma que o planejamento da vida
sexual pode ser entendido como uma tentativa de minimizar as
dificuldades trazidas pela falta de tempo e pelas rotinas atribuladas.
“Existe, muitas vezes, uma dificuldade para equilibrar as diferentes
esferas da vida, como o casamento, a agenda dos filhos e os compromissos
do trabalho. Por isso, o planejamento pode ser uma forma de garantir
mais espaço para uma vida sexual saudável e prazerosa”, afirma.
Na média geral dos países entrevistados, mais de quatro em cada cinco
usuários de medicamentos para DE (83%) planejam, sempre ou às vezes, um
tempo específico para as relações sexuais. Além disso, entre esses
homens que programam a atividade sexual, 71% o fazem com várias horas de
antecedência. Essa porcentagem sobe para 79% no Brasil e cai para 39%
no Japão, o que evidencia as diferenças culturais que permeiam a
sexualidade nos diferentes países pesquisados.
Ao todo, considerando os sete países, foram ouvidos 1.458
entrevistados, entre 30 e 70 anos de idade. Todos eles utilizaram, ao
longo dos três meses que antecederam a pesquisa, algum medicamento para
disfunção erétil, distúrbio que afeta cerca de 30% da população
economicamente ativa do mundo, segundo estimativas da Organização
Mundial de Saúde (OMS). Só no Brasil, essa porcentagem corresponde a
quase 15 milhões de homens.
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