Consumo de carne vermelha pode estar relacionado a risco de câncer de mama, diz estudo
Uma nova pesquisa da Universidade
Harvard, nos Estados Unidos, sugere que uma alimentação rica em carne
vermelha ajuda a elevar o risco de câncer de mama. Inversamente,
substituir a carne vermelha por frango, peixe ou leguminosas ao menos
uma refeição por dia diminui essa probabilidade.
Estudos já haviam sugerido que uma dieta
rica em proteína pudesse favorecer o desenvolvimento do câncer de mama.
Porém, como as fontes de proteína na alimentação são muito variadas,
era possível supor que cada alimento proteico tivesse um efeito distinto
sobre a doença.
Consumir muita carne vermelha pode
elevar risco de mulher ter câncer de mama em até 22% durante vinte anos.
Porém, substituir ao menos uma porção do alimento por frango,
leguminosas, castanhas ou peixe diminui essa chance em 14%.
Diante disso, os pesquisadores de
Harvard decidiram avaliar o impacto de diferentes fontes de proteína —
incluindo carne vermelha, frango, peixe, leguminosas (como feijão,
lentilha e ervilha) e castanhas — no risco de uma mulher ter câncer de
mama.
O estudo da equipe, publicado nesta terça-feira no BMJ, se
baseou nos dados de 89 000 mulheres que começaram a ser acompanhadas em
1991, quanto tinham entre 26 e 45 anos. Naquele ano, elas responderam a
um questionário sobre seus hábitos alimentares relatando a frequência
com que consumiam cada alimento a partir de uma escala que ia desde
“nunca ou menos de uma vez ao mês” até “seis ou mais vezes por dia”.
Durante os vinte anos seguintes, houve 2
830 casos de câncer de mama entre as participantes. A prevalência da
doença foi 22% maior entre aquelas que comiam mais carne vermelha (seis
ou mais vezes por dia) em comparação com as que consumiam o alimento com
menor frequência (nunca ou menos de uma vez por mês). Carne vermelha
inclui tanto o alimento não processado (carne bovina e suína, por
exemplo) quanto o processado (como salsicha, presunto e bacon).
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