A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove, neste mês, a
campanha Setembro Laranja, de combate à obesidade infantil. O intuito é
conscientizar a comunidade médica e a população em geral sobre a
importância de práticas alimentares saudáveis em casa e nas escolas, bem
como estimular a prática de atividades físicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 41 milhões de
crianças menores de cinco anos estejam acima do peso. Para a Sociedade
de Pediatria esse dado é alarmante e a entidade está empenhada para que
seja drasticamente reduzido. A conscientização é imprescindível para
prevenir a obesidade infantil e outros problemas decorrentes de uma
alimentação inadequada, defende a sociedade.
De acordo com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, membro do
Departamento de Nutrição da SPSP, as principais implicações do excesso
de peso podem ser divididas em problemas de curto, médio e longo prazo.
“A curto prazo é a falta de diagnóstico, principalmente falta de
conscientização, porque parte das famílias e parte dos profissionais da
saúde muitas vezes não avaliam ou interpretam as curvas de crescimento
adequadamente e assim deixam de fazer o diagnóstico precoce do excesso e
controle de peso”.
A segunda situação, de acordo com o pediatra, são as características
emocionais como o bullying, “que começa dentro da própria casa; as
características que levam alterações da dinâmica familiar ou de
comportamento”. Segundo Fisberg, a carência nutricional é outro fator
importante. “Apesar do excesso de peso, quase sempre as crianças nessa
condição são seletivas, comem pouco de alguns alimentos e muito de
outros. Elas podem ter alterações de pele, de postura, podem ter aumento
do colesterol, dos triglicérides, e pode ter aumento da resistência
insulínica [levando ao diabetes]. Isso pode causar no futuro um
obesidade mais grave, hipertensão, doenças cardiovasculares, alterações
lipídicas e todas os aspectos comportamentais e emocionais ligados ao
excesso de peso”, alerta.
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