Insônia: stress e ansiedade são as causas mais comuns do distúrbio
Ter dificuldade para adormecer,
despertar várias vezes à noite ou sentir que o descanso não foi
reparador são características da insônia. O distúrbio pode ser reflexo
de ansiedade, problemas físicos ou fatores ambientais. De acordo com a
Academia Americana da Medicina do Sono, 30% dos adultos têm sintomas
recorrentes de insônia.
O distúrbio pode ser crônico ou agudo.
No primeiro caso, ele se manifesta pelo menos três vezes por semana, por
três meses seguidos. “Estima-se que 10% das pessoas no mundo tenham
insônia crônica. Ela deve ser tratada, principalmente, por meio de
terapia cognitiva, em que a pessoa melhora a sua relação com o sono por
meio de instruções de um profissional especializado no assunto”, diz
Dalva Poyares, professora da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp).
Já a insônia aguda pode ser causada por
fatores como stress, depressão, apreensão, distração na hora de dormir,
gastrite e consumo de cafeína e álcool. “Ela tem mais relação com
ocasiões de conflito emocionais agudos e transitórios. Em geral, o sono
melhora quando o problema é resolvido”, afirma a neurologista Carla
Guariglia, do Hospital Samaritano, em São Paulo. A insônia aguda é uma
resposta do organismo ao estado de stress. “Se cinco pessoas passarem
pelo mesmo episódio estressante, por exemplo, é provável que uma
responda com insônia”, diz Dalva. Por esse motivo, ter dificuldade para
dormir na véspera de uma prova ou de uma entrevista de emprego é normal.
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