De acordo com a pesquisa, 17,4% das mortes de crianças abaixo de cinco anos são relacionadas ao parto prematuro
Pela primeira vez, as principais causas
de morte de crianças abaixo de cinco anos no mundo não são doenças como
sarampo e pneumonia. Em 2013, o parto prematuro assumiu a liderança do
ranking, em países ricos e pobres. Essa foi a constatação de um estudo
global publicado nesta segunda-feira no periódico The Lancet.
De 2000 a 2013, a mortalidade de
crianças de até cinco anos caiu 3,9% ao ano. A maior parte da redução se
deve a avanços no combate a pneumonia, diarreia, aids, sarampo e
tétano. A mortalidade relacionada ao parto prematuro — aquele que ocorre
antes de 36 semanas de gestação, quando começa o oitavo mês — diminuiu
em ritmo menos acelerado. Em 2013, 1,1 milhão de crianças abaixo de
cinco anos morreram por nascer antes do tempo adequado.
Como o pulmão é o último órgão do feto a
ser totalmente formado, as mortes costumam estar relacionadas à
fraqueza do pulmão do recém-nascido, que fica exposto a infecções
bacterianas e a qualquer outro agente externo.
De acordo com a pesquisa, em média 17,4%
das mortes de crianças abaixo de cinco anos são relacionadas ao parto
prematuro. Os países proporcionalmente com as maiores taxas são
Macedônia (51%), Eslovênia (47,5%), Dinamarca (43%), Sérvia (39,8%),
Grã-Bretanha (38,7%) e Hungria (37,4%). Na América Latina, o Brasil tem a
maior proporção: 21,9%, correspondente a cerca de 9 000 óbitos anuais.
Quatro iniciativas de pesquisa estão em
andamento e visam a descobrir as causas e a prevenção do problema. Elas
se concentram em cinco linhas de investigação: doenças ginecológicas e
infecciosas, neonatologia, genética e imunologia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário