Os líderes políticos portugueses devem pedir desculpas pelo papel do
país no tráfico de escravos e incentivar uma discussão sobre o tema na
sociedade portuguesa, defendem especialistas americanos. "O apoio do
Estado a estas iniciativas pode galvanizar a investigação e ajudar a
informar melhor o público", disse à agência Lusa o professor da
Universidade de Columbia, de Nova York, Christopher Brown.
"O
fato de que vários países decidiram que era importante fazê-lo sugere
uma nova norma que merece reflexão. Do meu ponto de vista, um
reconhecimento do passado contribui para um sentimento coletivo de
reconhecimento da desumanidades do passado", reforçou o também professor
americano Walter Hawthorne, da Universidade de Michigan.
Para
Christopher Brown , o impacto da ação do Estado nessa área ficou
evidente com o Museu de História Afro-Americana, inaugurado em
Washington no ano passado e que se tornou o primeiro espaço na capital
dos EUA dedicado à história dos afro-americanos, numa iniciativa do
presidente George W. Bush, autorizada pelo Congresso.
Brown
acredita que quando um líder político fala sobre estes temas "leva a
história a uma audiência muito mais ampla do que os acadêmicos
conseguiriam e desperta a curiosidade de todos aqueles que nem tinham
pensado sobre isso antes. Por isso, sim, a liderança política pode fazer
uma grande diferença, sobretudo se acompanhada por um apoio do estado
para melhorar o conhecimento e compreensão sobre o tema", atestou.
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