Está nas mãos de Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, o
destino do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no julgamento do habeas corpus
em que o petista acusa o ex-juiz da Lava Jato de “parcialidade” e de
agir com “motivação política” ao condená-lo no caso do triplex. Na
terça-feira, 25, quando a Segunda Turma retomar o julgamento iniciado em
dezembro do ano passado, caso não haja surpresa, deve ser do decano da
Corte o voto decisivo.
O relator da Operação Lava Jato no Supremo,
ministro Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia já votaram contra o
pedido de liberdade de Lula. Faltam se posicionar os ministros Gilmar
Mendes e Ricardo Lewandowski, além de Celso – os dois primeiros compõem a
ala da Corte mais crítica aos métodos da Lava Jato, além de serem os
que menos concordam com o relator na Turma. Dessa forma, não será
surpreendente se eles votarem contra Moro.
Gilmar foi um dos poucos na Corte a condenar a troca de mensagens
atribuídas a Moro e a procuradores da Lava Jato publicadas pelo site The
Intercept Brasil. As conversas, segundo o site, sugerem que o então
juiz orientou investigações da operação. “Moro era o chefe da Lava
Jato”, disse Gilmar à revista Época.
Nos gabinetes, integrantes da
Corte avaliam que o decano já sinalizou que pode acompanhar a
divergência que deve ser aberta por Gilmar para tirar Lula da PF em
Curitiba, onde está preso desde abril de 2018.
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