A adoção da cadeirinha para o transporte de crianças de até sete anos
e obrigação de uso do cinto de segurança no banco de trás dos carros
até os nove anos diminuíram em um terço o número de internações de
crianças acidentadas em estado grave e reduziram em um quinto o número
de mortes de pessoas nessa faixa etária transportadas em veículos
automotores.
Os dados são do Ministério da Saúde, conforme análise do Conselho
Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Associação Brasileira de
Medicina de Tráfego (Abramet) e a Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP).
O estudo indica que esses números envolvendo acidentes com crianças
diminuíram no mesmo período em que o número de veículos nas ruas cresceu
cerca de 50%. Entre 2010 e 2018, a frota de veículos no país aumentou
de 37,25 milhões para 54,7 milhões.
A obrigatoriedade da cadeirinha e do cinto de segurança está na Resolução nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Conforme nota divulgada pelo CFM, antes da resolução, em média 37
crianças de 0 a 9 anos morriam por ano em decorrência da gravidade dos
acidentes de trânsito. Em 2017, os casos caíram para 18.
De 1996 a 2017, o Brasil perdeu 6.363 crianças menores de dez anos
que estavam dentro de algum tipo de veículo envolvido em acidente.
Crianças entre zero e quatro anos de idade foram vítimas fatais em 53%
dos episódios.
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