Tudo começou quando o agricultor Anderson Teixeira cavou uma área em frente a sua casa. E, pouco depois de iniciar o trabalho, se surpreendeu com o objeto. Era uma lata, aparentemente de leite em pó ou de outro produto similar, com 45 cédulas de dinheiro antigo.
Ele explicou que a frente de sua casa vinha empoçando seguidamente, e que a obra que ele faria era com o objetivo de resolver o problema. Começou a bater na terra para fazer um buraco, quando escutou um som metálico que diferia do que era o esperado. Achou a lata, abriu-a e viu o dinheiro enrolado num saco preto que já estava todo se desmanchando.
No assentamento, localizado a 38km de João Pessoa, moram 380 famílias, e rapidamente o dinheiro sem valor virou o assunto do dia.
Anderson, contudo, levou tudo com bom humor. E mesmo se tratando de um amontoado de cédulas sem valor, ele diz que pretende ficar com elas. “Vou guardar de recordação. No futuro, mostrar para os meus netos. Meus filhos. Deixar para eles verem”, explicou.
A maioria das notas remetem à década de 1980. Mas João Vitorino, de 79 anos, o mais velho do grupo que ficou a admirar as notas de dinheiro, garante que algumas delas são ainda mais antigas.
“Isso aqui é antigo, mestre. Do tempo de Juscelino Kubitschek. Era muito na época. Mas hoje em dia não vale nada”, comentou em tom saudoso.
Ele disse que aquilo lembrava as antigas botijas, uma tradição do interior nordestino de esconder tesouros em lugares inusitados. Para Vitorino, inclusive, encontrar botijas pode dar azar, segundo reza a tradição. "É bom deixar umas moedas no lugar delas, para garantir", ensina.
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