A maior cobertura - 88,75% - está na faixa de 75 a 79 anos; em seguida, estão as pessoas a partir de 80 anos de idade, com 88,27% e de 70 a 74 anos, com 86,92%. Em pessoas mais jovens, de 65 a 69 anos, a cobertura da aplicação da segunda dose está em 62,2% e em apenas 20,82% naqueles de 60 a 64 anos.
Uma razão para a discrepância tão expressiva no grupo dos 60 a 69 anos é que sua inclusão ocorreu mais recentemente, momento em que o Brasil começou a aplicar com mais intensidade as vacinas que necessitam de doze semanas de pausa entre as aplicações, caso da Pfizer e AstraZeneca. O outro antígeno em uso no país, a CoronaVac, deve ser aplicada com 28 dias de intervalo entre as duas etapas, o que causa maior proximidade entre os números de primeira e segunda dose.
A alta cobertura vacinal nesse público já se reflete nas quedas de casos graves e mortes pela Covid-19. Um levantamento feito por VEJA revela que após o Brasil atingir o pico em internações e óbitos semanais pelo novo coronavírus em março, houve redução nesses índices entre a última semana de março e a segunda de junho. As taxas mais significativas foram observadas em sexagenários e septuagenários: -86% e -85%, respectivamente, em mortes e -74% (em ambas) em internações.
Vale lembrar que em abril, essa tendência já havia sido observada em nonagenários e octogenários, grupos que foram vacinados em fevereiro. A primeira dose das vacinas contra Covid-19 disponíveis já conferem algum grau de proteção, mas vale ressaltar que é fundamental completar o esquema de imunização com a segunda dose, para ter uma vacinação durável e com a eficácia semelhante à aferida nos estudos clínicos. A única exceção é o imunizante da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, aprovado como dose única.
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