Outro dado reforça o caminho aberto para uma alternativa aos dois favoritos. Perguntados sobre quem preferem que vença a eleição, 41% responderam Lula e 24% afirmaram Bolsonaro. A opção “nem um nem outro” ficou em segundo lugar, escolhida por 31% dos 1500 entrevistados, distribuídos pelas 27 unidades da Federação. Não à toa, cresce entre os diversos pré-candidatos que se apresentam como centristas a percepção de que eles disputam uma vaga no segundo turno não com o petista, mas com o atual presidente. Ciro Gomes, por exemplo, tem sido aconselhado a centrar sua artilharia em Bolsonaro, o que já vem sendo feito, entre outros, pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Os problemas do centro para se tornar competitivo são conhecidos. Não há um nome natural para representar esse campo político. Além disso, nenhum dos cotados até agora conseguiu deslanchar. Nos diversos cenários de primeiro turno testados pela Quaest Consultoria, Ciro obtém no máximo 11%. Já Doria, o ex-ministro Henrique Mandetta (DEM) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), registram -- respectivamente -- 7%, 6% e 4%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e o senador Tasso Jereissati (PSDB) estão com 3% cada um.
Nem a desidratação de Bolsonaro impulsiona o centro. Do total de entrevistados, 41% aprovam o governo e 57% desaprovam. A aprovação ao comportamento pessoal do presidente é menor, de apenas 29%. Em meio à crise sanitária e econômica, o ex-capitão tem perdido capital até numa área em que dizia reinar absoluto. Segundo a Quaest, 47% acreditam que Bolsonaro está envolvido no suposto escândalo de corrupção que envolve a compra da vacina indiana Covaxin, enquanto 39% rechaçam essa possibilidade.
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