“Todos os dias ansioso pelas notícias e pela oportunidade de dizer alguma coisa em oposição à incivilidade desse nazifascismo tropical. As pessoas com quem aqui convivo têm sido meus aliados, amigos de trincheira, ombros para o consolo desta solidão”, começou Pedro.
Ele ainda falou que a política não era um assunto sobre o qual ele pensava diariamente, mas isso mudou com a ascensão do bolsonarismo: “Vivo, desde então, permanentemente ansioso. Escrever aqui é, antes de uma generosidade, um egoísmo saudável. Faz-me bem exibir a minha revolta”.
“Só haverá teatro se a política nos garantir a liberdade. Até a liberdade, pela democracia, estar assegurada, prevejo que a ansiedade em exibir minha angústia vai me manter nas redes antissociais. E a muitos de nós. O fascismo nos empurrou para uma original clandestinidade: as redes, onde mais nos expomos, são onde também nos escondemos. Já estamos todos presos; presos a céu aberto no mundo deles”, finalizou Cardoso.
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