— Não vejo problema em pegar fã, mas namorar já é outra coisa. Há certas coisas que não abro mão, entre elas, sexo.
A pérola aí em cima é do cantor pop-sertanejo Luan Santana. Um fenômeno, esse rapaz. Aos 19 anos, está milionário. E pelo visto, o menino está deitando e rolando na fama.
Mas será que o pirralho não tem mãe, pai, um amigo que preste? Alguém que o mande fechar a matraca e só abrir para esganiçar aquelas suas musiquetas infanto-juvenis?
Isso é coisa que se diga? Que ele pense assim, vá lá. Tietes sempre foram afoitas. Aquela gritaria histérica não deixa dúvidas quanto à natureza libidinosa da idolatria. Elas estão lá para o que vier e dar.
Mas nunca vi tamanha burrice na história sexual do show business. O moleque está cuspindo no prato que come. Fãs merecem respeito, poxa vida! Hum. Tudo bem, exagero meu. Mas merecem ao menos serem enganadas.
Do jeito que ficou, a próxima que entrar no camarim do menestrel de Barretos já sabe o que a aguarda: exatamente o que ela está aguardando. Se alguma delas quiser se guardar, que espere o próximo astro. Não demora, não.
Que o garoto chamou de pasto cada uma das suas futuras conquistas, ah, chamou. Trata as meninas como animais para o abate. Que avacalhação. Segura o peão.
Se o babaca pega fã só para transar, e namorar já é outra coisa, então entendi. Ele só vai se apaixonar por alguém que não o venere.
Bom. Deve ser algum lampejo de autocrítica e lucidez. Luan sabe que quem o admira não merece nenhuma consideração.
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