Basta que o ciclo de mamar e, logo em seguida, regurgitar se
repita por algumas vezes para os pais pensarem que o bebê está com
refluxo. Mas é preciso entender que a volta do leite é algo comum nos
bebês —cerca de 50% deles vomitam mais de três vezes por dia— e, na
maioria das vezes, não é considerado uma doença, mas, sim, uma condição
fisiológica da criança que tende a passar com o tempo.
"Se o vômito não vem acompanhado de dores, perda de peso, dificuldade para dormir e choro constante, trata-se do que chamamos de refluxo gastroesofágico fisiológico. Uma condição transitória que não é caracterizada como doença", explica Cristina Helena Targa Ferreira, presidente do Departamento de Gatroenterologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
A seguir, especialistas respondem a sete perguntas sobre o assunto:
- Não alimentar o bebê deitado;
- Após a mamada, deixá-lo no colo, ereto, de 20 a 30 minutos. A medida favorece o esvaziamento gástrico, diminuindo a quantidade de leite no estômago;
- Evitar a troca de fralda logo após as mamadas;
- Evitar que o bebê permaneça em ambientes com fumantes;
- Fracionar as mamadas, ou seja, oferecer leite mais vezes, porém em quantidades menores;
- Elevar a cabeceira do berço até formar um ângulo de 30 graus.
"Se o vômito não vem acompanhado de dores, perda de peso, dificuldade para dormir e choro constante, trata-se do que chamamos de refluxo gastroesofágico fisiológico. Uma condição transitória que não é caracterizada como doença", explica Cristina Helena Targa Ferreira, presidente do Departamento de Gatroenterologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
A seguir, especialistas respondem a sete perguntas sobre o assunto:
1 - Por que é comum o bebê vomitar?
A alimentação predominantemente líquida e a posição deitada na maior parte do tempo são alguns dos fatores que colaboram para a regurgitação. O fato de o esfíncter inferior do esôfago, uma válvula que impede o retorno do conteúdo do estômago para o primeiro órgão, ainda não estar bem desenvolvido também contribui para a volta do leite.2 - Quando o refluxo deixa de ser uma condição normal e passa a ser tratada como doença?
Os médicos passam a investigar se o refluxo fisiológico evoluiu para a doença do refluxo gastroesofágico quando o bebê apresenta outros sintomas além da regurgitação, como choro constante, irritabilidade, baixo ganho de peso e recusa de alimentos. "Mas o choro também é uma queixa comum em crianças sem a doença, sendo muitas vezes apenas parte do processo de adaptação ao ambiente fora do útero. A perda de peso também pode ter outras causas", diz Elizabet Vilar Guimarães, gastropediatra e professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).3 - Até que idade é comum o bebê ter refluxo?
O refluxo gastroesofágico fisiológico –que não é considerado doença— pode ocorrer desde o nascimento e ir aumentando a frequência até os cinco meses. Nessa idade, existem bebês que regurgitam após todas as mamadas. A partir do quinto ou sexto mês, as regurgitações vão diminuindo e tendem a desaparecer quando a criança completa um ano. "À medida que ela permanece mais tempo em pé, o sistema digestivo evolui e ela passa a comer mais alimentos sólidos, o que faz com que o refluxo tenda a diminuir", afirma a presidente do Departamento de Gatroenterologia da SBP.4 - Refluxo pode ser evitado?
Não há uma maneira de evitar o refluxo, mas, sim, minimizá-lo. Para isso, os especialistas dão algumas dicas como:- Não alimentar o bebê deitado;
- Após a mamada, deixá-lo no colo, ereto, de 20 a 30 minutos. A medida favorece o esvaziamento gástrico, diminuindo a quantidade de leite no estômago;
- Evitar a troca de fralda logo após as mamadas;
- Evitar que o bebê permaneça em ambientes com fumantes;
- Fracionar as mamadas, ou seja, oferecer leite mais vezes, porém em quantidades menores;
- Elevar a cabeceira do berço até formar um ângulo de 30 graus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário