De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o segundo tipo de
câncer mais comum entre homens no mundo é o de próstata. Do 1,1 milhão
de casos diagnosticados em 2012, quase 70% o foram em regiões mais
economicamente desenvolvidas – o que pode indicar uma associação entre a
incidência da doença e o estilo de vida ocidentalizado.
Para investigar a ligação, o professor do Instituto de Química da
UFRN Kássio Michell Gomes de Lima e pesquisadores da Universidade de
Lancaster e dos Central Lancashire Teaching Hospitals, do Reino Unido,
fizeram a análise espectroscópica de amostras humanas do tecido da
próstata, coletadas de 1983 a 2013, e detectaram a progressão dos
marcadores biológicos associados ao desenvolvimento do câncer de
próstata. O artigo resultante foi publicado na conceituada revista
científica Nature.
As principais alterações detectadas pelo estudo foram na região de
informação do DNA e do RNA, relacionadas ao silenciamento (metilação) de
genes. A demetilação global do genoma em paralelo à hipermetilação de
alguns genes supressores de tumor está associada ao desenvolvimento da
doença.
Mudanças de estilo de vida nos últimos 30 anos que podem estar
associadas ao câncer de próstata abarcam dieta e atividade física,
obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo e consumo de bebidas
alcoólicas. Um aprofundamento da pesquisa na área pode ajudar a
identificar hábitos que podem ser ajustados para prevenir a doença.
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