quarta-feira, setembro 02, 2015

Tia é suspeita de torturar criança com ferro de passar roupa.

Uma criança de seis anos apareceu com marcas de tortura na escola onde estuda, na Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro. Indignada, a coordenadora decidiu prestar queixa na polícia. A principal suspeita é a tia do menino, que é responsável por cuidar dele. 

Além do trauma psicológico, as marcas de agressão se espalham pelo corpo do menino. Ele relatou que foi ferido com o ferro de passar roupa.

— Ela [tia] me queimou com o ferro de passar roupa, me amarrou.

Quando questionado sobre o futuro, o meninos surpreende ao dizer:

— Não tenho sonhos.

A coordenadora pedagógica da escola em que o menino estuda, Karim Cristina, notou os primeiros sinais de violência.
 
— Ele chegou no colégio já lesionado, com algumas marcas roxas. A gente perguntava e ele dizia que havia caído de algum lugar. Só que eram marcas de unha nas orelhas, marcas de chinelo... A gente começou a suspeitar que ele estava sendo agredido em casa.

O livro de ocorrências da escola tem ao menos três registros envolvendo suspeitas de maus-tratos contra a criança. O primeiro é de abril de 2013. A professora relata que o meninos chegou com machucados pelo corpo, dizendo que havia caído da cama. Em seguida, foi anexado um bilhete da tia que afirmava que ele estava de castigo porque não fizera o dever de asa. Esse seria o motivo das agressões.

A coordenadora da escola buscou a 39ª DP para registrar a ocorrência, mas essa não foi a primeira vez que eles buscam ajuda de autoridades. A tia do menino já teria admitido agressões ao conselho tutelar. A mãe da criança, Jaqueline Medeiros, nega qualquer responsabilidade e diz que não tinha conhecimento da violência. Segundo ela, a tia está com o menino desde que ele tinha um ano de idade. A mãe autorizou que, temporariamente, a criança fique na casa da coordenadora da escola, mas Karim quer uma solução definitiva para o caso da criança 

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