Uma criança de seis anos apareceu com marcas de tortura na escola onde
estuda, na Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro. Indignada, a
coordenadora decidiu prestar queixa na polícia. A principal suspeita é a
tia do menino, que é responsável por cuidar dele.
Além do trauma psicológico, as marcas de agressão se espalham pelo corpo
do menino. Ele relatou que foi ferido com o ferro de passar roupa.
— Ela [tia] me queimou com o ferro de passar roupa, me amarrou.
— Ela [tia] me queimou com o ferro de passar roupa, me amarrou.
Quando questionado sobre o futuro, o meninos surpreende ao dizer:
— Não tenho sonhos.
— Não tenho sonhos.
A coordenadora pedagógica da escola em que o menino estuda, Karim Cristina, notou os primeiros sinais de violência.
—
Ele chegou no colégio já lesionado, com algumas marcas roxas. A gente
perguntava e ele dizia que havia caído de algum lugar. Só que eram
marcas de unha nas orelhas, marcas de chinelo... A gente começou a
suspeitar que ele estava sendo agredido em casa.
O livro de ocorrências da escola tem ao menos três registros envolvendo
suspeitas de maus-tratos contra a criança. O primeiro é de abril de
2013. A professora relata que o meninos chegou com machucados pelo
corpo, dizendo que havia caído da cama. Em seguida, foi anexado um
bilhete da tia que afirmava que ele estava de castigo porque não fizera o
dever de asa. Esse seria o motivo das agressões.
A coordenadora da escola buscou a 39ª DP para registrar a ocorrência,
mas essa não foi a primeira vez que eles buscam ajuda de autoridades. A
tia do menino já teria admitido agressões ao conselho tutelar. A mãe da
criança, Jaqueline Medeiros, nega qualquer
responsabilidade e diz que não tinha conhecimento da violência. Segundo
ela, a tia está com o menino desde que ele tinha um ano de idade. A mãe
autorizou que, temporariamente, a criança fique na casa da coordenadora
da escola, mas Karim quer uma solução definitiva para o caso da criança
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