O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse hoje
quinta-feira (3) que em breve será lançado um programa de formação para
diretores de escolas. “Queremos lançar isto o mais cedo possível. Mas
enquanto não tivermos tudo organizado, não posso anunciar a data”,
afirmou, após participar de um seminário sobre educação pública.
Sobre os temas a serem tratados na capacitação, o ministro destacou
que o importante é ter uma formação em que o diretor da escola seja
habilitado a lidar com dados numéricos e estatísticos que, segundo ele,
são um “grande diagnóstico” dos pontos fortes e fracos de cada escola.
Além de aprender a lidar com as bases de dados fornecidas por órgãos
do próprio Ministério da Educação, os diretores serão informados sobre
as ferramentas disponíveis para solucionar as dificuldades. “E que ele
receba também uma formação para saber quais as soluções que ele tem ao
alcance para isso, tanto pedagógicas, quanto do ponto de vista de
programas federais e outros que ajudem a escola”, disse Janine.
Outros pontos que devem ser abordados são a formação de equipe e a
administração de conflitos. “Fora isso, que ele [o diretor] seja capaz
de administrar conflitos, que são parte integral da formação de qualquer
pessoa que está se passando de criança a adolescente e de adolescente a
adulto. Que seja capaz também de formar equipes de professores que
trabalhem de forma empenhada.”
Na primeira etapa do programa, Janine estima que será possível
atingir “algumas dezenas de milhares” de diretores, por meio de um curso
ministrado prioritariamente pela internet. “Neste ano, como no ano que
vem, todos sabem, os recursos econômicos serão muito limitados. Então,
não temos condições de pensar em grande escala. Estamos pensando em
fazer um curso barato, para justamente mostrar que você pode conquistar
ganhos de qualidade com o uso criterioso do dinheiro”, afirmou o
ministro, sobre a opção da formação online.
A prioridade será dada aos gestores de escolas com grande número de
alunos. Porém, a proposta está aberta a contribuições da sociedade.
“Estamos adotando a seguinte estratégia: quando temos algo que começa a
ser refletido, queremos partilhar isso, informar, mesmo sem ter o
formato do edital. Não queremos nos comunicar com a sociedade só quando o
edital estiver pronto”, acrescentou.
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