O último caso de raiva humana registrado no RN foi em 2010, no
município de Frutuoso Gomes, neste caso sendo o morcego o animal
transmissor da doença. No mundo estima-se que a raiva leve a óbito uma
pessoa a cada dez minutos, especialmente na Ásia e África, sendo os
casos de sobrevivência raros, pois a doença é considerada 100% letal.
Este ano o Brasil já registrou um óbito humano por raiva transmitida por
um cão de rua no estado do Mato Grosso do Sul.
No Rio Grande do Norte, segundo dados do Programa Estadual de
Controle da Raiva da Sesap em 2015 já foram diagnosticados
laboratorialmente 26 casos de raiva animal em 14 municípios. São eles:
Acari, Caicó, Ceará-Mirim, Encanto, Monte Alegre, Natal, Pau dos Ferros,
Pedro Velho, Riacho de Santana, São Fernando, São Gonçalo do Amarante,
Serrinha dos Pintos, Tenente Ananias e Várzea. Os animais acometidos
foram, sobretudo bovinos (12 casos) e morcegos não hematófagos (9
casos). Além desses animais, também chama a atenção o caso de raiva
canina ocorrido em Caicó. Os outros animais acometidos foram: suínos,
cavalo e raposa.
A raiva é uma zoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus
presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela
mordedura e lambedura. Caracteriza-se como uma encefalite progressiva e
aguda que apresenta letalidade de aproximadamente 100% dos casos. No
Brasil, caninos e felinos constituem as principais fontes de infecção
nas áreas urbanas.
A Sesap alerta a população da importância de se buscar atendimento
médico para profilaxia da raiva na ocorrência de qualquer agressão por
mamíferos (cão, gato, morcego, sagui, raposa, dentre outros). Além
disto, reforça a necessidade de vacinar os animais domésticos anualmente
contra a raiva, bem como evitar se aproximar de animais desconhecidos. A
partir da suspeita de raiva em um animal, a recomendação é procurar a
Secretaria de Saúde de seu município para encaminhamento da amostra para
diagnóstico laboratorial. Diante de um resultado positivo nos animais,
medidas de controle devem ser iniciadas na área da ocorrência, como a
revacinação em massa dos animais domésticos.
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