Em áudio que vazou no Whatsapp, o
capitão Styvenson Valentim, coordenador da Lei Seca no Rio Grande do
Norte, detonou a Polícia Civil do Estado. Em uma linguagem de baixo
calão, o policial militar não poupa críticas a delegados e policiais
civis, aparentemente ao comentar um caso de impunidade negligenciado
pela Civil.
Styvenson diz no áudio que “o policial
civil ganha muito bem para não fazer e um delegado ganha R$ 23 mil para
não fazer nada”. Ele afirma ainda que “delegados acham que têm poder
sobrenatural para não fazer nada”. Segundo o capitão, ele já denunciou
as delegacias “que não querem trabalhar por preguiça”.
Nas declarações do Capitão da Lei Seca,
ele ainda se coloca como “melhor” do que os companheiros de trabalho. “O
policiamento que eu faço depende de mim e só de mim mesmo, por isso é
coisa bem feita. Não sou vinculado a CPRN, não sou vinculado a Policia
Militar e Detran. As coisas que eu faço não é por instituição, não. É
por mim mesmo”, afirma.
O áudio de Styvenson foi recebido com
revolta por delegados e policiais. Muitos, ao comentar pelas próprias
redes sociais, se mostraram surpresos com o desprezo do capitão pela
categoria. Alguns até externaram decepção, pelo fato de, até aquele
momento, nutrirem admiração pelo coordenador da Lei Seca.
Em nota, o Sindicato dos Policiais do
Rio Grande do Norte (Sinpol-RN) repudiou as afirmações de Styvenson.
“Tal declaração é despropositada e, principalmente, desrespeitosa para
com uma categoria que tanto faz pela segurança pública do RN. Ao
contrário do que pensa e declara o capitão Styvenson, os policiais civis
trabalham duro diariamente, mesmo sem muitas vezes disporem de
condições e estrutura adequada”, diz o Sindicato.
O Sinpol-RN também alfinetou “a
necessidade de mídia” do capitão da Lei Seca. “Acontece que, ao
contrário do próprio capitão Styvenson, os policiais civis não usam a
mídia para promoção pessoal e nem para expor o trabalho que é feito
diariamente. Os policiais civis trabalham de maneira silenciosa, usando
de inteligência e ferramentas investigativas”, frisa a nota.
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