A educação a distância cresce em ritmo mais acelerado que o ensino
presencial e já é opção para quase metade das pessoas que buscam uma
graduação. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de
Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) - que representa grande parte do
ensino superior particular do país - mostra que 44% dos entrevistados
optariam por essa modalidade, enquanto 56% dizem que preferem o ensino
presencial. Nesse ritmo de crescimento, o Brasil terá mais alunos
estudando a distância que nas salas de aula tradicionais, em 2023.
A pesquisa mostra ainda que, se informados de que os cursos a
distância podem ter etapas presenciais, a aceitação aumenta para 93% dos
estudantes pesquisados. Para os 7% restantes, ainda há um desconforto
em ter a maior parte das aulas pela internet. Outro ponto destacado por
esses alunos que não optariam pela EaD é a percepção de que o mercado de
trabalho ainda não valoriza adequadamente a qualidade desses cursos.
A pesquisa inédita Um ano do Decreto EAD - O impacto da educação a
distância foi feita pela ABMES em conjunto com a empresa de pesquisas
educacionais Educa Insights. Ao todo, foram entrevistados 1.012 homens e
mulheres de 18 a 50 anos, sendo 256 alunos e 756 potenciais candidatos a
educação superior em março deste ano.
“Estamos falando de um público diferente da graduação presencial
tradicional. Estamos trazendo para o ensino superior um público mais
velho, mais maduro, que já trabalha com maior intensidade. Esse público
precisa da flexibilidade da EaD para completar o curso superior”, diz o
vice-presidente da ABMES, Celso Niskier.
O estudo mostra que aqueles que escolhem a educação presencial
exclusivamente são mais jovens - 53% têm até 30 anos -; 76% trabalham;
33% são da classe social A ou B; 64% estudaram em escolas públicas e 36%
em particulares.
Entre aqueles que preferem a EaD, 67% têm mais de 30 anos, 83%
trabalham; 25% são das classes sociais A ou B, 75% estudaram em escolas
públicas e 25% em particulares.
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