Estudos feitos na Europa pela sociedade médica Artery descobriram um
novo exame capaz de identificar se uma pessoa, mesmo jovem, tem artérias
rígidas que podem causar lesões comumente encontradas em pessoas mais
velhas. Isso significa que a idade das artérias pode ser diferente da
idade biológica do paciente e quanto mais velhas elas forem, maiores são
os riscos para o coração. A informação é do presidente da Sociedade
Arterial Latino-Americana (Artery Latam) e da Sociedade Latino-Americana
de Hipertensão (Lash), cardiologista Eduardo Costa Duarte Barbosa e
marca o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial,
comemorado hoje (26).
O novo método de exame utiliza a velocidade de onda de pulso (VOP),
gerada a partir de cada batimento do coração como um biomarcador de dano
vascular, que é avaliado por meio da pressão central.
Os estudos comprovaram que a parede vascular tem, pelo menos, duas
funções. A camada celular que reveste interiormente os vasos sanguíneos e
linfáticos, denominada endotélio, funciona como um órgão e tem a função
de contração de elasticidade da artéria, disse Barbosa. A parede média é
uma camada que contém bastante elastina, quando a pessoa é jovem, e dá
elasticidade ao vaso. Ao longo do tempo, o ser humano vai transformando a
elastina em colágeno e ela vai ficando mais dura. É a arterioesclerose,
ou esclerose das artérias, em que o vaso vai perdendo a capacidade de
elasticidade. Por isso, costumava-se dizer que na pessoa idosa, a
pressão arterial aumentava.
"E, no passado, achava-se que isso era normal. Era fisiológico, o
vaso envelhecia e era normal a pressão subir", disse Eduardo Barbosa.
"Na verdade, descobriu-se que isso também causava um dano. O vaso
endurecia, a pressão subia. O vaso perde a capacidade de acomodar,
dilata para acomodar a pressão que está mais alta", explicou.
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