terça-feira, outubro 01, 2024

Análise indica que golfinho encontrado na Praia de Ponta Negra morreu por interação com ação humana.

O golfinho encontrado morto na praia de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, teve óbito causado por interação de atividade humana proveniente de objeto perfuro-cortante. É o que aponta o professor Flávio Lima, coordenador do projeto Cetáceos, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern). A informação foi divulgada nesta terça-feira (1 º) e tem como base análises realizadas no corpo do animal para conclusão das causas da ocorrência.

O golfinho foi encontrado morto e encalhado na Orla da Praia de Ponta Negra nessa segunda-feira (30). De acordo com Flávio Lima, trata-se de um macho adulto com cerca de 2,60 m, integrante da espécie conhecida popularmente como “golfinho nariz de garrafa”.

Embora o alto estado de decomposição do corpo do golfinho tenha dificultado análises mais conclusivas sobre a morte, o coordenador do projeto Cetáceos esclarece que foram identificadas várias lesões no corpo do animal. Dentre elas, destaca-se uma possivelmente causada por objeto cortante em uma das causas, que o teria levado a encalhar.

Giovana Santoro, médica veterinária do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (Ceman), esclarece que a lesão mais significativa pelo objeto cortante também pode ter gerado a predação do animal por um tubarão no mesmo local. “A partir do momento em que foi lesionada a nadadeira do animal, o sangue pode atrair esses predadores. Além disso, ele tinha algumas lesões oportunistas por aves e tubarões menores, mas a mais significativa foi essa sugestiva da interação antrópica [ações realizadas pelo ser humano]”, ressalta.

O professor Flávio Lima conclui, portanto, que as análises indicam que o animal foi morto por interação de atividade humana proveniente de objeto perfuro-cortante. “É importante ressaltar que o animal estava com histórico muito bom. Ele estava sadio antes da morte e não apresentava sinais de debilidade/doenças que levassem para o encalhe, caso não tivesse tido o contato com a atividade humana”, complementa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário